Durante décadas, o ensino da psicanálise foi guiado por uma fórmula quase imutável: o tripé clássico — análise pessoal, supervisão e teoria.
Criado em outro século, para outro tipo de sujeito e outro contexto social, ele serviu bem ao seu tempo. Mas o tempo mudou. E com ele, mudou também o modo de pensar, sentir e escutar.
O Método Alma Enlevo, desenvolvido por Ulisses Jadanhi, doutorando em Saúde Mental, mestre em Psicanálise e Psicologia Forense, pós-graduado em Didática do Ensino Superior e psicanalista clínico há mais de 20 anos, nasce justamente dessa constatação: a formação psicanalítica precisa acompanhar o século XXI — sem perder profundidade, mas ganhando humanidade.
O tripé psicanalítico foi criado num cenário europeu do início do século XX, quando a clínica se limitava a um consultório silencioso e à figura de um analista-guru. Hoje, a realidade é outra: os sujeitos são digitais, ansiosos, conectados e múltiplos.
Como lembra Jadanhi em Psicanálise Sem Mimimi, “o tripé virou fetiche pedagógico” — uma estrutura rígida que mais reproduz obediência do que desenvolve pensamento crítico.
Em vez de formar analistas, muitos cursos formam repetidores de jargões, devotos da neutralidade e colecionadores de certificados.
O resultado? Profissionais inseguros, distantes da prática real e incapazes de sustentar a dor do outro sem se esconder atrás da teoria.
A Academia Enlevo rompe com esse paradigma ao propor um caminho de formação ético, experiencial e humano, no qual o conhecimento é vivência e não adestramento.
O nome não é acaso. “Alma” representa o compromisso com a profundidade subjetiva e espiritual do ser humano; “Enlevo” significa elevação, um estado de expansão da consciência e da empatia.
O método foi construído a partir de anos de prática clínica, observação pedagógica e confronto com os limites do ensino tradicional.
Seu princípio central é simples e revolucionário:
“Formar um psicanalista não é ensinar técnicas — é despertar um pensamento capaz de sustentar o real.” — Ulisses Jadanhi
Em vez de reproduzir o tripé, o Alma Enlevo propõe três eixos vivos, orgânicos e interdependentes. Eles substituem a obrigação burocrática por um movimento de atravessamento, autoconhecimento e criação.
Não se trata de “análise obrigatória”. É o convite a encarar o próprio inconsciente com responsabilidade e coragem, guiado por orientação ética, não hierárquica.
O estudante é conduzido a revisitar suas contradições, vergonhas e medos — não para “se curar”, mas para parar de fugir de si. Essa etapa cria o que Jadanhi chama de presença ética: o estado em que o futuro analista sabe onde está o seu próprio limite e o usa como ponto de escuta, não como muro.
“Formar alguém não tem a ver com sistema, mas com implicação.”
Diferente da supervisão verticalizada, o Círculo de Escuta Crítica é um espaço horizontal de partilha. Alunos, tutores e analistas em formação trazem casos reais e os atravessam coletivamente, com empatia e franqueza. Aqui, o objetivo não é avaliar, mas implicar: fazer com que cada participante se reconheça nas dores e nas descobertas do outro. Essa dinâmica transforma a antiga “supervisão” em um laboratório de pensamento clínico vivo, onde o erro deixa de ser fracasso e passa a ser fonte de insight.
É assim que nasce a lógica clínica, conceito-chave do método: a habilidade de perceber o que o outro diz mesmo quando silencia.
Na Alma Enlevo, ler Freud ou Lacan não é tarefa, é travessia.
A leitura implicada propõe um estudo encarnado — onde o texto é vivido, questionado e confrontado com a realidade clínica e social do estudante.
Não se “passa de módulo”: cada leitura é um espelho, e o progresso se mede pela capacidade de pensar por conta própria.
Essa abordagem liberta o estudante do peso da memorização e o coloca no centro do processo criativo.
A teoria deixa de ser escudo e se torna ferramenta viva de escuta.
O grande diferencial do método está em restituir o corpo ao aprendizado.
Enquanto o modelo antigo forma cabeças cheias de citações, o Alma Enlevo forma corpos presentes — analistas que sentem, observam e se implicam.
A escuta é vista como um ato integral, onde o saber passa pela respiração, pelo silêncio, pelo desconforto.
“O tripé sustenta o mercado; a escuta real precisa de outra coisa: precisa de você, de verdade.”
Em sala, os alunos experimentam situações clínicas simuladas, exercícios de escuta ativa e encontros intersubjetivos.
Cada etapa é acompanhada de reflexões éticas e simbólicas, unindo o rigor técnico à experiência humana.
O sujeito contemporâneo não vive mais como em 1900 — ele se expressa por memes, áudios, redes e ansiedades.
A psicanálise, portanto, não pode continuar sendo ensinada como se o mundo fosse estático.
O Método Alma Enlevo incorpora recursos tecnológicos, debates socioculturais e linguagem atual para que o futuro analista compreenda o sofrimento humano dentro do seu tempo.
Aulas interativas e híbridas, que unem presença e reflexão digital.
Discussões sobre cultura, mídia e subjetividade, aproximando a teoria do cotidiano.
Formação em ética contemporânea, para lidar com os dilemas da exposição, do sigilo e da pressa digital.
Essa modernização não dilui a psicanálise — a renova.
Como lembra Jadanhi, “a psicanálise que se esconde atrás da neutralidade morta não transforma ninguém”.
A Alma Enlevo devolve à formação o que ela havia perdido: vida, sensibilidade e pensamento livre.
Muitos estudantes entram em escolas tradicionais e descobrem, tarde demais, que foram adestrados, não formados.
O método Enlevo reage a isso construindo liberdade de pensamento como princípio pedagógico.
Aqui, o aluno é desafiado a duvidar, a errar, a discordar.
A dúvida é celebrada como sinal de vitalidade.
Essa liberdade intelectual é o antídoto contra a “mesmice cultural” que transformou a psicanálise em culto.
Na Alma Enlevo, cada turma se torna um espaço de criação coletiva, onde o aprendizado nasce do encontro entre experiências, não da imposição de verdades.
A formação Enlevo é também uma jornada de autoconhecimento e ética existencial.
O aluno aprende que o verdadeiro analista é aquele que reconhece a própria humanidade antes de oferecer ajuda ao outro.
Essa visão se alinha às tendências mais atuais da saúde mental, que valorizam empatia, presença e responsabilidade social.
A cada ciclo, o estudante é convidado a revisitar suas motivações:
Por que quero escutar o sofrimento alheio?
O que em mim ainda resiste ao encontro?
Como posso transformar minha escuta em ferramenta de amor e não de poder?
Essas perguntas substituem as antigas provas e cronogramas.
O resultado é um profissional mais ético, consciente e humanizado — capaz de atuar tanto em consultório quanto em contextos comunitários, educacionais e institucionais.
| Aspecto | Tripé Tradicional | Método Alma Enlevo |
|---|---|---|
| Estrutura | Análise pessoal, supervisão e teoria | Auto-Confronto Ético, Círculo de Escuta, Leitura Implicada |
| Relação professor-aluno | Hierárquica, avaliativa | Horizontal, dialógica e implicada |
| Objetivo | Reproduzir técnica | Desenvolver pensamento crítico e ético |
| Postura | Passiva, obediente | Ativa, criativa e reflexiva |
| Avaliação | Provas e módulos | Travessias e participação vivencial |
| Resultado | Profissional técnico | Psicanalista humano, presente e criador |
Vivemos uma era de ruído constante, ansiedade crônica e excesso de informação.
O sofrimento humano se manifesta em novas linguagens — e a psicanálise precisa escutá-las.
O Método Alma Enlevo surge como resposta ética e atual a esse tempo:
um modo de formar analistas capazes de dialogar com o real, sem dogmas nem muletas acadêmicas.
Mais do que curso, é movimento cultural e clínico.
Um chamado a todos que desejam pensar a psicanálise como força de transformação e não como tradição engessada.
Ser psicanalista, na visão Enlevo, não é uma carreira — é uma travessia.
Cada estudante é convidado a atravessar a si mesmo antes de escutar o outro.
E cada travessia é única, como cada alma.
A psicanálise, quando viva, não é dogma nem produto: é encontro.
E o Método Alma Enlevo é o caminho para que esse encontro volte a acontecer — no corpo, na palavra e no silêncio.
Sim. Ele propõe uma estrutura mais viva e ética, que forma pensamento e não apenas técnicos.
Não. A psicanálise é um campo aberto a quem deseja compreender o humano em profundidade.
A Academia Enlevo integra a RNTP – Registro Nacional de Terapeutas e Psicanalistas e possui trajetória consolidada em ensino clínico.
A presença ética, a escuta crítica e a leitura implicada — processos que unem razão, emoção e prática real.
O Método Alma Enlevo rompe com o modelo de formação mecânica baseado no “tripé” e cria um ambiente de aprendizado vivo, crítico e experiencial.
Enquanto os cursos tradicionais priorizam conteúdo e certificação, o Alma Enlevo prioriza autoconhecimento, ética e pensamento livre, formando psicanalistas que compreendem o humano em profundidade — não apenas repetidores de teoria.
O método foi criado justamente para responder às novas realidades da mente contemporânea — marcada pela tecnologia, pressa e fragmentação emocional.
Com foco em presença, sensibilidade e pensamento crítico, a formação prepara o psicanalista para atuar em um mundo em constante mudança, dialogando com o real e não com o passado.
Sim — e especialmente para quem está começando. O método foi pensado para acolher iniciantes que desejam entender a psicanálise de verdade, sem a rigidez acadêmica ou os jargões inacessíveis. Ele oferece uma trilha formativa completa: do primeiro contato com o inconsciente até a construção de uma escuta clínica madura e ética.
Doutorando em Saúde Mental, Mestre em Psicologia Forense e Criminal e em Psicanálise, Pós-graduado em Didática do Ensino Superior, Psicanalista Clínico há 20 anos. Criador da Teoria da Subjetividade Ético-Simbólica e do Método Alma Enlevo, coordena a Academia Enlevo, referência em formação ética e contemporânea em psicanálise.